24.11.08

super-visão tem alguma coisa a ver com super-homem?


Os continuados e demagógicos ataques ao governador do Banco de Portugal, na base da ideia "se ele não descobriu (mais cedo) a fraude (no BPN) é porque não faz o seu trabalho", equivalem a afirmar que "se se cometem crimes em Portugal, a polícia devia demitir-se toda". Os iluminados que sabem sempre tudo, melhor do que todos, parecem esquecer que vários casos em vários países mostram que a supervisão do sistema financeiro não tem como ser mais omnisciente do que os próprios deuses - porque operações escondidas são isso mesmo: escondidas. Mas há sempre, num país onde falta emprego, quem só se sinta bem quando se emprega a lançar lama sobre quem está. Quanto mais não seja porque isso serve de entretenimento aos que gostam de circo. E são muitos. Porque o circo entretém a falta de pão.

Entretanto, um conselho a Vitor Constâncio: tentar dar alfinetadas subtis a Judite de Sousa, do género como quem diz "se não entendeu devia ter estudado", não merece a pena. Perdem-se pelo caminho...