20.11.08

já não é caso de polícia, é caso de política


Menezes lembra críticas que recebeu ao querer avançar com inquérito à supervisão bancária. Nessa altura, membros da Comissão Política do PSD demitiram-se.

O antigo líder social-democrata recordou também que, nessa altura, foi alvo de “criticas ameaçadoras”, algumas das quais de “alguns ex-ministros que não queriam que avançasse a fiscalização à supervisão bancária”.

As cautelas do PS relativas à separação entre o tratamento judicial e o tratamento político do caso BPN deixaram de fazer sentido a partir do momento em que altos responsáveis testemunham que a actividade política de topo terá sido contaminada por interesses privados envolvidos nesse banco. Para que não se consolide ainda mais a ideia de que "os políticos são todos iguais", é preciso que quem está limpo não dê guarida a qualquer tentativa de encobrir putativos comportamentos sujos. E, independentemente de tudo o resto, é preciso perceber se houve tentativa de manipular a posição de um grande partido para defender interesses privados. Isso, mesmo que não seja caso de polícia, seria caso de enorme gravidade política.