10.11.08

racistas convenientes


António Ribeiro Ferreira escreve no "Correio da Manhã", de acordo com o respectivo site, o seguinte:
"A Europa anti-americana ainda não percebeu que, a partir de agora, só terá autoridade para exibir a sua arrogância quando eleger um negro para presidente ou primeiro-ministro de uma das suas repúblicas ou monarquias".

Engraçado. Até agora os que eram anti-Bush eram anti-americanos, nas palavras de certos comentadores vesgos. Agora a América elegeu um presidente anti-Bush - logo, os americanos deviam ser classificados como anti-americanos. Mas, como essa tirada seria demasiado estúpida mesmo para tais vesgos, inventam agora novas charadas.
Uma delas é supor que um negro tem de ser racista: a América presidida por um negro só veria parceiros com legitimidade se eles fossem também negros. A cegueira de alguns impede-os de reconhecer quando os tempos mudam. Será que a partir de agora consideram anti-americano criticar Obama? Ou será que, como temem que as políticas de Obama não confirmem os preconceitos dos auto-proclamados defensores da América-enquanto-for-conservadora, se preparam para falar da cor do homem para não ter de falar das suas ideias?