Uma viagem recente ao Irão tornou-nos um pouco mais familiares com essa religião ancestral, o Zoroastrismo, que é algo mais (ou algo menos) do que o fascínio que despertou em alguns pensadores ocidentais.
Dado que sempre apreciei a Banda Desenhada como veículo de conhecimento, considero uma sorte ter topado com este álbum, Ainsi se tut Zarathoustra (Assim se calou Zaratustra), de Nicolas Wild, publicado pela La boîte à bulles (2013). Sob uma história policial, que faz como se fosse a principal linha da narrativa, apresenta-nos uma visão histórica do Zoroastrismo como religião e umas pinceladas políticas e sociais da realidade complexa da comunidade zoroastra no mundo, incluindo a sua influência na Índia.
É claro que uma parte não dispicienda do meu prazer nesta leitura passa pelo reconhecimento em desenho de lugares que tive a oportunidade de visitar recentemente. Ajuda, assim, a acompanhar a minha base de fotografias e a consolidar as minhas notas de viagem.
Para quem seja capaz de ler francês, deixo esta recomendação de leitura. Ainsi se tut Zarathoustra obteve o Prémio France Info da BD de actualidade e de reportagem, edição 2014.
Deixo duas páginas da obra para se aperceberem do estilo gráfico. (Clicar para ampliar.)