A fidelidade mais necessária (e mais difícil) é a fidelidade a si próprio.
(Esta é mensagem que hoje tenho para mim mesmo.)
«O tempo é um dispositivo que impede que tudo aconteça de uma vez.» (Bergson)
O grande Estaline
As obras teóricas do grande Estaline são contribuições valiosas. Por elas estudaram e estudam o marxismo-leninismo milhões de operários em todo o Mundo. Com elas o Partido Comunista da China e o Partido do Trabalho da Albânia educaram os seus quadros, com elas formaram milhares de bolcheviques na União Soviética. (...)
O camarada Estaline está demasiado vivo nos corações de todos os explorados e oprimidos do mundo inteiro para que oportunista algum o possa fazer esquecer. A vida, a obra, a actividade do grande Estaline pertencem aos Comunistas de todo o mundo e não apenas aos soviéticos, pertencem à classe operária e não apenas ao povo da URSS.
Na pátria do Socialismo, a União Soviética, o Socialismo vencerá, uma nova revolução surgirá tarde ou cedo. Os autênticos comunistas soviéticos já se organizaram e, juntamente com a classe operária e o povo da URSS, erguerão bem alto a bandeira vermelha de Estaline, instaurando de novo o poder proletário. Força alguma o poderá evitar.
QUE VIVA ESTALINE!
(Este artigo foi assinado pelo camarada Abel, no "Luta Popular" de Setembro de 1975. O camarada Abel era, à época, José Manuel Durão Barroso, militante do MRPP).
Hoje, em Les Journées de Bruxelles, sobre o estado da União Europeia, fui surpreendido por um aparente menosprezo bastante espalhado pelo presidente Juncker. Espanta-me a rapidez.
O homem faltou à primeira sessão dos trabalhos e o responsável do Le Nouvel Observateur, pela organização, bateu-lhe forte e feio. No tom "parece que não quer dizer ao que vem". A sala acompanhava. O conde Etienne Davignon, um clássico da alta roda europeia, explicou que Delors não pudera ir por motivos de saúde e arrancou à sala uma ovação para o melhor presidente de sempre. E depois mencionou o outro faltoso com um "o outro de que já não me lembro do nome". E a sala ria.
E depois foram muitos os remoques à descoberta hoje dos acordos secretos com grandes empresas, para efeitos fiscais, que Juncker terá feito enquanto PM do Luxemburgo, configurando um esquema de fraude fiscal desleal para os restantes Estados membros. Juncker, num ambiente apinhado de europeístas, parece não ter tido cinco minutos de estado de graça.
Isto começa mal.