Depois da Ministra Helena André ter vindo dizer que o salário mínimo nacional iria aumentar em 2011 conforme o que está acordado há uns anos entre parceiros sociais, o Ministro Teixeira dos Santos vem dizer que não, que não lhe parece que possa haver aumentos no privado quando há cortes no público. Acho mal. O próprio governo quer passar a ideia de que trata situações diferentes de forma diferente. Exemplo: no sector público só serão cortados os vencimentos acima de 1500 euros. Ora, a situação dos que ganham o salário mínimo é tipicamente diferente: experimentem viver com menos de 500 euros, ou com 500 euros, e experienciarão o que isso quer dizer. A mensagem "quando comem, comem todos" é uma mensagem desajustada do próprio discurso geral do governo. E, a usar-se, deveria ser virada preferencialmente para os lucros dos que ganham muito e pagam pouco, não para os que ganham ainda hoje menos de 500 euros por um mês de trabalho em jornada completa.
Depois da Ministra Helena André ter vindo dizer que o salário mínimo nacional iria aumentar em 2011 conforme o que está acordado há uns anos entre parceiros sociais, o Ministro Teixeira dos Santos vem dizer que não, que não lhe parece que possa haver aumentos no privado quando há cortes no público. Acho mal. O próprio governo quer passar a ideia de que trata situações diferentes de forma diferente. Exemplo: no sector público só serão cortados os vencimentos acima de 1500 euros. Ora, a situação dos que ganham o salário mínimo é tipicamente diferente: experimentem viver com menos de 500 euros, ou com 500 euros, e experienciarão o que isso quer dizer. A mensagem "quando comem, comem todos" é uma mensagem desajustada do próprio discurso geral do governo. E, a usar-se, deveria ser virada preferencialmente para os lucros dos que ganham muito e pagam pouco, não para os que ganham ainda hoje menos de 500 euros por um mês de trabalho em jornada completa.