Há dias, Eduardo Pitta publicou no seu blogue, a ilustrar um apontamento político, uma fotografia de Passos Coelho com mulher e filhos. Nuno Gouveia reagiu com ar escandalizado, a sugerir (embora sem coragem para o dizer com todas as letras) que era uma porcaria de atitude, a do Eduardo Pitta. Agora que Passos Coelho se multiplica em aparecimentos públicos, com a mulher, no que parece ser uma nova estratégia de mistura intensiva de vida privada com vida pública, Nuno Gouveia já não tem nada a dizer. Parece que o "escândalo" para ele não estava no acto de misturar a família do político com a actividade do político, mas apenas em saber quem dava as respectivas fotos à estampa. Se a coisa for uma estratégia eleitoral de políticos que ele acha necessário apreciar, a moralidade desaparece logo debaixo do tapete.
A propósito desta americanização da vida política portuguesa, por iniciativa de Passos Coelho, o Câmara Corporativa faz o seguinte título: Uma fronteira sem retorno. Trata-se, como se pode constatar, de verificar a estratégia aparentemente determinada pelo próprio líder social-democrata.
No mesmo blogue do tal moralista que só se lembra de moralidade quando a coisa lhe convém politicamente, um tal PPM "responde" ao Câmara Corporativa desta forma. Quanto ao tal PPM, nada de estranhar: já vimos o suficiente de quanto lixo esse político metido a jornalista é capaz. Ficamos é à espera que o moralista Nuno Gouveia se atire às canelas do tal PPM, seu parceiro de blogue. E que aproveite para lhe explicar que há uma grande diferença entre um político procurar a exposição da família a ver se ganha uns votos - e um político que sempre tentou preservar a família (caso de Sócrates) ser objecto de coscuvilhice para gozo de invertebrados que por aí andam.