11.4.11

economia das postas de pescada


Não vou lá dizer-lho na caixa de comentários - pela simples razão de ele não admitir comentários. Mas certas coisas são simplesmente falta de honestidade e, como tal, apesar de preferir não lhes ligar, não as posso deixar passar em claro.
Anda meia bloga da direita política a espumar de furor ou a remoer o embaraço do convite de Passos Coelho a Fernando Nobre. E estão no seu direito. Contudo, talvez sem tempo para ler esses blogues, Miguel Noronha vem meter-se comigo por causa das minhas opiniões acerca do mesmo assunto. O habitual tique totalitário de Noronha, que consiste em meter todos os que não pensam como ele no mesmo saco, de reduzir o resto do mundo ao indiferenciado "abrantes e afins" (no tempo de Salazar, seria simplesmente "os comunistas"), já não espanta. Pela insistência no truque parece ser-lhe difícil conviver com a pluralidade de opiniões. Enfim, talvez saia com Skip, mas essa nódoa já se lhe entranhou. Agora, meter palas a enquadrar os olhos e fazer de conta que não sabe o que não lhe convém, é sarnento.
Não me lembro nada de ter pago ao Miguel Noronha para fazer publicidade a este blogue. E humildemente confesso que me irritam estes malabarismos daquilo que o grande intelectual orgânico JPP um dia classificou como submundo da blogosfera. O submundo não são blogues, nem blogueiros, nem ideias. Nada me move contra outras tascas como esta, outros editores como eu, ideias parecidas ou muito diferentes das minhas. O verdadeiro submundo da blogosfera é a prática de dar palha a comer aos leitores só para encher linhas e alongar a lista de postas. É que a informação tem uma característica que a diferencia tramadamente de outros "produtos": só depois de a consumirmos é que vemos a porcaria que nos impingiram. Se pudéssemos primeiro consultar o rótulo, poupávamos, pelo menos, tempo. É dessa característica da informação que abusam autores como este de que agora tive de vos falar.