Jorge Bateira, no Ladrões de Bicicletas:
Em seminários de trabalho, eventualmente com o apoio de economistas estrangeiros a convidar, os economistas do PCP, do BE e independentes, [e os militantes do PS desiludidos com a sua actual orientação], fariam um esforço de concretização de uma política económica exequível que, distribuindo com justiça os sacrifícios que forem inevitáveis, evite o desastre financeiro, económico e social que um «governo de pilhagem partilhada» nos vai apresentar como inevitável e merecedor da nossa resignação. Esse esforço de convergência deveria culminar com a candidatura unitária «Convergência e Alternativa».O título do post, Quem é que os vai derrubar?, diz tudo: "derrubar" parece ser galvanizante. Pela salada recomendada, essa "convergência" só poderia ser anti-europeia. E essa "alternativa", que, apesar de já ter servido para moções de censura e votações de mão dada da "esquerda que tão esquerda é" com o PSD e ao CDS, afinal ainda está por ser inventada ("fariam um esforço de concretização de uma política económica exequível", diz Bateira), exclui claramente o diálogo político com o PS. Não espanta: é isso que a esquerda da esquerda tem feito o tempo todo.