Execução orçamental: Governo atinge superavit histórico de 836 milhões de euros até Fevereiro.
Se os sacrifícios que os portugueses estão a fazer não servirem para nada, será trágico. Se os sacrifícios que os portugueses estão a fazer forem consumidos por uma crise política evitável, ou mesmo artificial, será uma insanidade colectiva. Passos Coelho fez de conta que não sabia que Portugal teria de apresentar um PEC agora. É uma "ignorância" significativa. E Passos Coelho efabula com a má execução orçamental. É um "tiro ao lado" que arrisca partir-lhe a louça toda na São Caetano à Lapa. E é por estas desculpas esfarrapadas que PPC quer desperdiçar os sacrifícios dos portugueses?
Afinal, o PSD de Passos Coelho teme que as coisas corram mal a Portugal - ou o que o PSD teme mesmo é que as coisas corram bem a Portugal?
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Acrescento (com uma dedicatória especial para quem venha a pedido de Miguel Noronha): peçam ao Miguel Noronha que faça um quadro, para os últimos anos, a comparar, por um lado, as previsões das instituições internacionais (incluindo europeias) acerca do desempenho da economia portuguesa com, por outro lado, os resultados da execução. Pode ser que, assim, com esse exercício, ele se aperceba da importância de Portugal responder mesmo às previsões mais pessimistas, com um plano que cubra mesmo as previsões daqueles que se "enganam" sempre contra Portugal. Talvez, de caminho, Miguel Noronha meta qualquer coisa na cabeça sobre a importância das expectativas em economia. (A resposta tem de ser aqui, porque o polemista do cachimbo não deixa que lhe respondam no mesmo sítio onde coloca a pergunta. Sabe-se lá por quê.)