8.1.10

um abraço, tão só



Casamento entre pessoas do mesmo sexo aprovado pelo Parlamento.

Sobre este assunto tenho mantido, no essencial, o silêncio. Por achar que o debate público tem misturado, sem cuidado, coisas diferentes. Por pensar que se criou um clima de "politicamente correcto" que não permite debater sem acantonamentos. Por sentir que está errada a colagem destas questões às divisões esquerda/direita e religiosos/incréus. Por detestar o "legalismo" de certos debates e a tentativa, mais uma vez, de reduzir ao partidarismo um debate que é de civilização.
Não quero deixar, de qualquer modo, de enviar daqui um abraço a todos quantos sintam que este passo será para si uma libertação. Mesmo que, nesta questão, eu me sinta mais próximo de Cesariny do que de qualquer outro, quero reflectir-me na alegria das pessoas concretas que possam sentir que hoje é o primeiro dia do resto das suas vidas.