8.6.09

europeias: para memória futura




Conservadores e Verdes foram os grandes vencedores da eleição do Parlamento Europeu, os socialistas averbaram uma pesada derrota.
O principal grupo conservador, o Partido Popular Europeu (PPE), será o maior bloco no Parlamento: 267 lugares resultando de 36,3% dos votos. Essa percentagem, quase igual à da última eleição, em 2004, representa uma vitória clara sobre os Socialistas Europeus (PSE), o segundo maior grupo, que deverá ter 159 lugares devidos a 21,6% dos votos, contra 27,6% na última legislatura.
É impossível comparar directamente a distribuição de lugares nas legislaturas 2004 e 2009, uma vez que a assembleia cessante tinha 785 assentos, enquanto a nova terá 736. Mas a vitória da direita é ainda mais pronunciada do que o que parece à primeira vista, porque o PPE enfrentou esta eleição sem o Partido Conservador da Grã-Bretanha, que pretende criar um bloco eurocéptico no PE. Se os Tories votarem com o PPE, o que acontecerá muitas vezes, as forças conservadoras no PE contarão com 296 lugares, um avanço ainda maior do que em 2004.
Enquanto a noite pertenceu ao centro-direita, os Verdes da Europa também celebram, com a sua quota a subir de 5,5 % e 43 lugares antes para 6,9 % e 51 lugares a partir de agora. Eles são o único grupo a ter aumentado votação e lugares desde 2004.
O terceiro maior grupo, a Aliança dos Democratas e Liberais pela Europa, viu a sua votação cair de 12,7% para 11%.
A eleição registou também ganhos significativos para a extrema-direita e eurocépticos em alguns Estados-Membros, incluindo a Áustria, Dinamarca, Hungria e Países Baixos. O abertamente racista Partido Nacional Britânico ganhou lugares pela primeira vez. Mas o principal grupo de eurocépticos e nacionalistas no PE perdeu terreno: a União para a Europa das Nações viu os seus lugares cair de 5,6% para 4,8%, enquanto o grupo eurocéptico Independência e Democracia escorregou de 2,8% para 2,7%.
A abstenção, por seu lado, registou novo recorde. Em contra-mão com o aumento dos poderes do PE, um facto nos últimos anos, que deve acentuar-se no futuro próximo, a abstenção atingiu 56,45%, contra 54,6% em 2004 (valores provisórios anunciado pelo Parlamento).