Participante num piquete de camionistas atropelado mortalmente em Alcanena .
Neste país são muitos os que abusam facilmente da violência. Frontalmente contra a lei. Bloquear estradas ou cortar a circulação ferroviária e partir a cara a quem resiste, ameaçar condutores de veículos que querem usar o direito a circular, montar milícias populares para aterrorizar todos em nomes de boas causas - estamos fartos de ver tudo isso.
Coluna de camiões da Jerónimo Martins escoltada pela polícia na zona da Azambuja.
Infelizmente, a maior parte das vezes, o Estado acobarda-se e não protege os direitos dos que assim são submetidos ao terror da força. É claro que não ajuda o facto de, no passado, dirigentes do PS se terem solidarizado com esse tipo de acções quando o governo era outro. Mas é tempo de o Estado deixar de se esconder e agir: destruir as milícias populares, mesmo que elas se acobertem sob a designação de piquetes de greve, porque elas são apenas o afloramento dos que confundem liberdade com anarquia.
Morreu já um homem. Um atropelamento. Uma violência que gera violência. Ou será que alguém ignora as ameaçam que se fazem, nesses "piquetes de lockout", contra os que não se rendem aos desejos dos manifestantes? Sim. A violência não está na rua apenas hoje, mas já há alguns dias. Com mais conivências do aquelas que seria de esperar.