No livro Foi assim, de Zita Seabra, recentemente editado, fala-se, logo pelas páginas cinquenta e poucas, de um livro editado em 1978 pelas Edições Progresso, de Moscovo, da então União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. O livro tinha por título O Homem Soviético: a formação da personalidade socialista. Escreve Zita Seabra que «era um livro de mera propaganda, no pior estilo comunista, demonstrando que já existia um “homem novo”, filho do socialismo soviético (...), dedicando-se o autor a “investigar” as premissas históricas e as condições sociais da formação do novo tipo social de personalidade – o assim chamado “homem soviético”».
Porque é que este “Homem Soviético” me terá feito lembrar o “Homem Económico”, essa ficção da teoria económica ortodoxa dominante?