26.3.10

Inês de Medeiros, deputada, e o calado Gama (a honra das pessoas)


Fernanda Câncio, no Diário de Notícias, excerto:
«A não ser, espera, que Inês de Medeiros não tenha dado uma morada falsa. Que o seu dossier de candidatura diga, claramente, no local de residência, "Paris, França" - aliás à imagem do seu BI, emitido em 6 de Dezembro de 2005. E que a decisão de candidatar uma portuguesa residente em Paris pelo círculo de Lisboa tenha - obviamente - sido do partido que a convidou, que como os outros partidos candidata residentes nos Açores para o círculo de Bragança e terá considerado que a residência num país do espaço de livre circulação europeu não limita os direitos de cidadania nem restringe as possibilidades de representação política. E que a existir uma limitação ela teria sido, decerto, detectada e apreciada aquando da submissão da candidatura aos serviços competentes. Ou não?
É certo que a deputada se mantém inscrita como eleitora em Lisboa, mas na mesmíssima situação de desencontro estão muitos milhares de concidadãos: confundir tal com falsificação será no mínimo estulto. Mais ainda o é o facto de, tendo sido os serviços da AR que, após a eleição, informaram Medeiros do seu direito legal ao pagamento das viagens que faz à residência, ser à deputada que se pedem explicações, enxovalhando-a e denegrindo-a meses a fio. Ainda que a calúnia e difamação sejam já a normalidade, talvez não fosse má ideia perguntar, simplesmente, aos serviços do Parlamento o porquê da "confusão". E a Jaime Gama porque está tão calado.»
Via jugular.