21.3.10

agenda política na justiça


Jorge Sampaio em entrevista ao Público.
Pergunta - Há uma Justiça com agenda política ou é uma desconfiança?
Resposta - Há uma profunda desconfiança sobre isso e não pode haver de todo. Por exemplo, de acordo com o que veio nos jornais, o processo do procurador Lopes da Mota deixa-nos alguma preocupação; por isso os votos de vencido na instância de recurso são da maior importância. Sabe-se agora que, afinal, se tratou de uma única conversa, a sós, entre Lopes da Mota e os procuradores do caso Freeport, que dão versões diferentes, sobretudo quanto ao tom e quanto ao sentido da conversa. E sabe-se também que a única pessoa que ouviu as versões de ambas as partes, a procuradora distrital de Lisboa, Francisca van Dunen, votou contra a punição por não haver qualquer razão objectiva para preferir qualquer das versões. Vale a pena que continue a esclarecer-se o porquê da punição, cuja justiça, neste enquadramento, deixa as maiores dúvidas.
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