25.10.08

convite: pensar


Proponho aqui uma questão para pensar. E convido os leitores a opinar.

Durante a pré-campanha para as eleições legislativas antecipadas de Fevereiro de 2005, a jornalista Ana Sá Lopes terminava assim o seu relato (Público de 22-01-05, p.2) do discurso de um dos líderes partidários numa sessão política:
«O líder social-democrata apelou ao eleitorado que votou PSD nas legislativas de 2002: "Ninguém que confiou em nós tem razão para deixar de confiar." Mas esta frase foi toldada por um terrível lapsus linguae. Na realidade, o que se ouviu foi Santana dizer: "Ninguém que confiou em nós tem razão para deixar de desconfiar".»

O que é que permite à jornalista escrever que aquele dirigente partidário afirmou "Ninguém que confiou em nós tem razão para deixar de confiar", quando o que se ouviu ele dizer foi "Ninguém que confiou em nós tem razão para deixar de desconfiar"?

Alguém quer fazer desta questão um debate sobre a linguagem?