A origem. Os pioneiros da biologia gostariam de explicar a geração da forma e a regulação do crescimento. O darwinismo veio dar uma explicação: a evolução. O problema é que se trata apenas de metade da explicação: é uma teoria sobre organismos já existentes, complexos e já parcialmente adaptados – mas que não explica a criação original nem a criação de novos organismos multicelulares individuais em cada geração. Como é a criação da forma?
Exobiologia. Só conhecemos a nossa forma de vida baseada no carbono: carbono, mais hidrogénio, oxigénio e nitrogénio são os elementos básicos que se encontram em todas as macro-moléculas que compõem as células. É fácil tornarmo-nos “chauvinistas do carbono” e considerar impossível a existência de outras formas de vida, mas há quem considere injustificada essa forma de pensar. Há, pois, uma certa lógica em investigar em exobiologia: o estudo da vida para além da terrestre. E, havendo vida, pode haver inteligência.
Experiências em exobiologia podem ser feitas com outras “químicas” no laboratório, quer dizer, sem os materiais orgânicos das células terrestres. O problema dessa investigação é não termos nenhuma definição de vida que não seja contingente às formas de vida que conhecemos na terra: não sabemos o que é mera coincidência e o que é essencial (estamos como um investigador que só conhecesse a vida no fundo dos oceanos e tivesse de estudar a vida num bosque de faias). Como é que podemos saber se encontrámos vida em Marte? Como é que um marciano que aterrasse no Sahara saberia se uma bactéria da areia é vida? Este é o argumento para investigar em “biologia do possível”, tal como procede a Vida Artificial, tentando encontrar formas vivas que não dependam das formas que conhecemos como naturais.
O que é a vida? (Farmer e Belin, 1992) fizeram a seguinte lista de propriedades da vida:
1. Vida é uma forma de organização, não um objecto material.
2. Vida envolve auto-reprodução.
3. Vida está associada a armazenamento de informação relativa a uma auto-representação (uma descrição parcial de si mesmo).
4. Vida prospera com a ajuda do metabolismo.
5. Vida tem interacções funcionais com o ambiente (adaptam-se, adaptam-no, respondem a estímulos).
6. As partes internas dos organismos vivos dependem criticamente umas das outras (o organismo pode morrer).
7. Vida exibe uma estabilidade dinâmica face a perturbações.
8. Vida, enquanto linhagem, pode evoluir.
Este é um exemplo do tipo de “listagem” que os investigadores em VA procuram implementar de forma artificial.
Exobiologia. Só conhecemos a nossa forma de vida baseada no carbono: carbono, mais hidrogénio, oxigénio e nitrogénio são os elementos básicos que se encontram em todas as macro-moléculas que compõem as células. É fácil tornarmo-nos “chauvinistas do carbono” e considerar impossível a existência de outras formas de vida, mas há quem considere injustificada essa forma de pensar. Há, pois, uma certa lógica em investigar em exobiologia: o estudo da vida para além da terrestre. E, havendo vida, pode haver inteligência.
Experiências em exobiologia podem ser feitas com outras “químicas” no laboratório, quer dizer, sem os materiais orgânicos das células terrestres. O problema dessa investigação é não termos nenhuma definição de vida que não seja contingente às formas de vida que conhecemos na terra: não sabemos o que é mera coincidência e o que é essencial (estamos como um investigador que só conhecesse a vida no fundo dos oceanos e tivesse de estudar a vida num bosque de faias). Como é que podemos saber se encontrámos vida em Marte? Como é que um marciano que aterrasse no Sahara saberia se uma bactéria da areia é vida? Este é o argumento para investigar em “biologia do possível”, tal como procede a Vida Artificial, tentando encontrar formas vivas que não dependam das formas que conhecemos como naturais.
O que é a vida? (Farmer e Belin, 1992) fizeram a seguinte lista de propriedades da vida:
1. Vida é uma forma de organização, não um objecto material.
2. Vida envolve auto-reprodução.
3. Vida está associada a armazenamento de informação relativa a uma auto-representação (uma descrição parcial de si mesmo).
4. Vida prospera com a ajuda do metabolismo.
5. Vida tem interacções funcionais com o ambiente (adaptam-se, adaptam-no, respondem a estímulos).
6. As partes internas dos organismos vivos dependem criticamente umas das outras (o organismo pode morrer).
7. Vida exibe uma estabilidade dinâmica face a perturbações.
8. Vida, enquanto linhagem, pode evoluir.
Este é um exemplo do tipo de “listagem” que os investigadores em VA procuram implementar de forma artificial.
REFERÊNCIAS
(Farmer e Belin, 1992) J. Doyne Farmer e Alletta d’A. Belin, “Artificial life: The coming evolution”, in (Langton et al. 1992)
(Langton et al. 1992) Christopher G. Langton, Charles Taylor, J. Doyne Farmer, Steen Rasmussen (eds.,)Artificial Life II, Addison-Wesley, Redwood City