À atenção de quantos ficaram em estado de aceleração cardíaca com a "ousadia" do PR quando criticou a falta de equidade dos "cortes" que só atingiam os funcionários públicos: Troika quer que empresas também cortem nos salários em 2012.
Apesar de, imediatamente, várias vozes terem alertado para a possibilidade (lógica e política) de o discurso presidencial poder arrastar a consequência "então cortem também nos privados", houve alguns ingénuos que pensaram que Cavaco Silva "os tinha ouvido". Se Cavaco Silva os ouviu ou não, não sei. Parece que quem ouviu tudo foi a troika. Em vez de ser o governo português a propor melhores condições para o empréstimo, são os emprestadores a propor mais facadas no músculo.
Está provado: é preciso ter cuidado com os deuses a quem se reza.