«Não se pode mudar na rua, o que os portugueses decidiram nas urnas», afirmou o ministro da Defesa hoje a propósito da greve geral.
Tem toda a razão. Os portugueses votaram em partidos que prometeram exactamente o contrário do que agora estão a fazer. Portanto, a greve geral parece ser a exigência de que o governo cumpra o programa com que se apresentou às urnas. Nem na rua, nem nos gabinetes: não se muda assim o que ditaram as urnas. Esse é o grande pecado deste governo.
E, já agora, também seria bom que o governo ouvisse o ministro da defesa, quando este acrescenta: «o país precisa que os sindicatos se tornem parte da solução». Sem dúvida. O governo vai começar a negociar seriamente, é isso?