9.11.10

filosofia barata


Na segunda-feira fui almoçar com outro sportinguista a um restaurante onde os empregados são quase todos benfiquistas e onde costumamos implicar amigavelmente uns com os outros a propósito dos resultados do futebol. Mais a propósito dos desaires do que dos sucessos, não só por serem mais raros os sucessos, mas também porque achamos sempre mais picante chafurdar nas derrotas do que analisar as vitórias. Disse ao meu colega: não vale a penas picá-los, já que não tardará muito a nossa vez. Eu até estava só a pensar no próximo encontro entre leões coxos e dragões flamejantes. Mas a minha prudência ligeiramente hipócrita revelou-se de utilidade bem mais imediata, como o último jogo da jornada passada deu a entender. A filosofia da prudência pode ser barata, assim gasta em futebol e almoços - mas que às vezes é conveniente, lá isso é.
Estás a ouvir, Pedro?