6.12.10

entrevistámos Manuel Alegre


No ano de 1983, Manuel Alegre, poeta e dirigente do PS, publica um novo livro de poemas, Babilónia. Eu, pessoalmente, andava um pouco com sede relativamente à sua criação recente, que me parecia então atravessar um relativo deserto criativo. Para o meu gosto, claro. Comprei o Babilónia e meti-me no comboio, para Aveiro, onde imediatamente o comecei a ler. E gostei. Voltei a gostar. Era, claramente, um livro de poesia e um livro de política. Rapidamente dei por mim a pensar que queria entrevistar Alegre sobre aquele livro e sobre o que ele podia significar quanto a uma certa visão do mundo. Tinha uma boa via para cumprir esse desiderato. Eu era, na altura, chefe de redacção do "Jovem Socialista", órgão central da Juventude Socialista. A entrevista fez-se para esse meio. A entrevista foi conduzida por mim e por Margarida Marques, então secretária-coordenadora da JS.
Há um registo formal dessa entrevista, nas páginas do meio que a publicou. Reproduzimos abaixo cópia desse material.
Ainda estamos de posse do registo sonoro da entrevista. O encontro teve lugar nos Passos Perdidos, já que Manuel Alegre era deputado e lá era o sítio mais conveniente para o encontrar (a outra entrevistadora também era, aliás, deputada). O registo sonoro está bastante degradado, em parte dado o ruído de fundo que ocupava o ambiente. Para filtrar o ruído de fundo tivemos de fazer um "corte" das frequências correspondentes, o que não se pôde fazer sem algumas distorções pontuais. Mesmo assim, o registo sonoro que deixamos permite acompanhar a conversa e constitui um documento interessante. (Agradeço ao NM e ao RV pela ajuda na limpeza sonora.)


A entrevista pode ser ouvida aqui:







A entrevista pode ser visualizada no formato em que foi publicada aqui.