Ontem ao fim da tarde, numa das lojas FNAC desta cidade de Lisboa, um empregado do sector da livraria perorava com entusiasmo fatigante junto de um casal de clientes em frente da estante da filosofia, tentando vender o suposto alto coturno intelectual de certa figura, dizendo: "Se o Agostinho da Silva fosse vivo seria o Medina Carreira da filosofia".
Fugi dali apressadamente, hesitando entre gargalhar audivelmente ou chorar em silêncio. É que entendo dever guardar-se um certo respeito pelos mortos, quanto mais não seja por eles provavelmente não terem como se defender.