4.4.11

mais notícias da direita civilizada


Como apontámos antes, a "campanha limpa", desta vez, parece ter começado com o apelo à recusa da leitura de jornais que publiquem sondagens cujos resultados não prevejam para o PS menos de 13 votos (um, dois, três, quatro, cinco, seis, sete, oito, nove, dez, onze, doze, treze votos) em todo o continente e ilhas nas próximas legislativas.
Contudo, como todas as "campanhas limpas" ("campanhas limpas" são campanhas de ódio que se destinam a prosseguir os objectivos políticos de qualquer partido que não o PS; as mesmas campanhas, se fossem feitas pelos socialistas, seriam crimes públicos e reiterados ataques à democracia) - dizia: como todas as "campanhas limpas", esta não se fica pelo acto inaugural. Prossegue tentando a golpada de impedir que qualquer ex-membro de um governo do PS envolvido em processo judicial tenha direito a constituir advogado. A golpada-sanção abrange, ainda, qualquer amigo, conhecido, ou mesmo pessoa anónima que alguma se tenha cruzado com tal ser na rua e não lhe tenha cuspido em cima. Claro, querer bloquear o direito a constituir advogado não é coisa que se faça directamente, já que isso poderia ferir os pruridos de (pelo menos) um ou outro causídico de pensamento à direita. Isso faz-se indirectamente, tentando assassinar civicamente quem se atreva a garantir o direito à defesa de algum suspeito socialista. Os métodos fascistas estão em vigor. Digo bem: os métodos fascistas. E não me venham com teorias da treta (nem com dissertações doutorais) acerca do que é ou não é um método fascista: estes métodos são métodos fascistas pela simples razão de serem métodos que a versãozinha portuguesa do fascismo usou entre nós quando teve oportunidade. Refiro-me a esta imundície: aqui, aqui e também (não se espantem) aqui.