14.4.11

não, "eles" não são todos iguais


Cito José Reis Santos, no Diário Económico (12/04/2011):
Aparte as leituras sobre a responsabilidade de quem terá tido mais ou menos culpas na actual situação política nacional (até porque sinceramente delas ninguém poderá verdadeiramente esquivar-se), Sócrates procurou identificar o que poderá ser um debate interessante nestas eleições: que funções, hoje, deve ter o Estado neste cenário de crise económica e financeira mundial? E para o realçar individualizou as áreas da Saúde e da Educação, bem como a proposta de Passos Coelho para a privatização da Caixa Geral de Depósitos.
Este é um debate entre uma visão liberal e minimalista da sociedade, defendida por Passos Coelho, que pretende um Estado reduzido e com funções quase restritas às áreas da segurança e da representação externa (até porque as áreas económicas e financeiras estão cada vez mais em Bruxelas); e uma socialista moderna que entende que o Estado deve estar presente em mais áreas (nomeadamente nas sociais) e garantir, por exemplo, o acesso livre aos serviços de saúde e educação. E apesar de ser expectável que o PSD procure justificar esta visão minimal com o actual estado da economia portuguesa, na realidade estamos perante duas visões ideológicas bem distintas da sociedade.

Na íntegra: O tom e o debate.