De 1991 a 2011 vão estes anos (conto devagar, para pessoas com mais dificuldades em usar os dedinhos das mãos): 1991, 1992, 1993, 1994, 1995, 1996, 1997, 1998, 1999, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2008, 2009, 2010, 2011. Qualquer coisa como vinte anos. Entre a primeira e a última data, só para dar o meu caso pessoal, vivi no estrangeiro por três períodos diferentes, fiz um mestrado e um doutoramento, publiquei três livros. E envelheci vinte anos. É muito tempo para qualquer pessoa. Mas isso não inibe estas tolices primárias. Deve ser escrita de querubim, espécime de uma espécie de seres que, como se sabe, têm outra escala temporal.
(O problema dos querubins, contudo, é outro: não vivem numa comunidade política, razão pela qual nunca tiveram que aprender que nem tudo o que troa é argumentação.)