6.7.10

uma proposta moral alternativa


A conversa moral sobre o aborto, declinada em tom de chicana política, tem um novo argumento: os mesmos "tiranetes" que não querem proibir o aborto, querem importunar a prostituição.
Escreve CMF:

Este bando danado (...) chegou ao ponto de iniciar uma cruzada contra aqueles castiços anúncios de “massagens” que hoje inundam, e pagam, até o jornal mais orgulhoso.

O mercado particular em questão é a política espanhola, o porta-voz é um habitual destilador de ódio contra o governo do PSOE em especial, mas a ligação moral entre a condenação das leis de interrupção voluntária da gravidez e a defesa da livre publicidade à prostituição - constitui, para mim, um argumento novo. Na verdade, esta linha de raciocínio deve ser uma continuação dos ataques de CMF à ASAE, em que se distinguiu, já que a demanda continua a ser "a defesa da liberdade": Sobre a liberdade deste Admirável Mundo estamos conversados, diz ele. Para ele, trata-se da liberdade de "ir às putas". Claro que, para o governo do PSOE, e para os muitos cidadãos que em Espanha têm defendido a proibição dos anúncios encapotados à prostituição, não é essa liberdade que se trata de defender. Mas, claro, para este "insurgente" horrorizado com as leis de interrupção voluntária da gravidez, a liberdade de "ir às putas" é que interessa. Ou será mesmo a "liberdade de empreendimento"?