Imprensa espanhola critica duramente utilização da golden share.
O mercado, o mercado, o mercado. Tanta gente escandalizada com a oposição do Estado a que a Telefónica leve a Vivo tranquilamente. Quando a Vivo era um problema, a PT fazia jeito - sempre era bom ter um companheiro para enterrar lá dinheiro. Quando a Vivo vai de vento em popa, a PT deve largar o osso e deixar a Telefónica descansada. Tanta gente incomodada, não com a fragilidade da posição portuguesa (que é um facto), mas com a tentativa de fazer algo quanto aos custos dessa fragilidade. Importavam-se, por favor, os pregadores do mercado acima de tudo, de nos fazer um pequeno historial de como outros Estados-Membros da UE têm arranjado as coisas para proteger os seus "campeões"?
Não me espanta tão grande "internacionalismo" (que nem é "proletário" nem nada). É mais ou menos como a questão do défice e da dívida. Quando a Alemanha e a França andavam em terrenos de incumprimento, e manobraram para que as regras europeias não manchassem a honra de tão magnos parceiros, os "internacionalistas" de serviço viam nisso um uso normal da força dos grandes. Quando os "pequenos" estão aflitos, os mesmos "internacionalistas" aplaudem o músculo dos grandes a mostrar rigor quando toca aos outros - a ver se ninguém se lembra das suas manobras passadas. E não é que essa falta de memória funciona - pelo menos a julgar pelo comportamento dos "internacionalistas", que tanta pena têm da pobre Telefónica? Será que eles pensam que "a Telefónica" é a menina dos telefones?
Actualização (ou nem por isso): Porreiro, pá!