16.4.10

um problema de tolerância (de ponto)


Infelizmente não escrevo com tanta facilidade e de forma tão escorreita como f. - coisa que, obviamente, é mérito dela e defeito meu. Não vou, por isso, alimentar a conversa, do que só não peço (lhe peço, a f.) desculpa por achar que não vem a propósito. Do lado de f. saiu este post, deste lado saiu este, f. responde com mais este e mais este. Como, na verdade, não vejo que f. acrescente algo à discussão (salvo valer-se das interpretações da conferência episcopal para fazer a hermenêutica da decisão do governo sobre a tolerância de ponto, o que tem alguma graça); como não tenho apetite por estar a explicar a f. qual é o ponto do meu argumento (pela razão simples de que ela o compreende, desde que queira); porque acho que não devo abusar da publicidade imerecida que poderia advir de polemizar com f.; porque antes de f. já milhares de "intelectuais de esquerda" tentaram o mesmo tipo de abordagem à religião e os resultados foram sistematicamente desastrosos - por tudo isso apenas lhe digo: a "guerra da religião" tem coisas muito mais importantes do que estas guerrilhas recuadas sobre tolerâncias de ponto. Quer um exemplo? Leia este post de Joana Lopes (o qual, aliás, eu já sublinhara).
Ah, f., já me esquecia: as partes mais psiquiátricas dos remoques dão-me vontade de rir: nessa matéria eu sou um doente sem médico, um doente em autogestão.