José Saramago escreve sobre as agressões a Vital Moreira, aqui no Diário de Notícias:
«A Vital Moreira chamaram-lhe "traidor", e isto, queira-se ou não se queira, é bastante claro para que o tomemos como o cordão umbilical que liga o desprezível episódio do desfile do 1º. de Maio à saída de Vital Moreira do Partido Comunista há vinte anos.»
« (...) por uma questão de higiene mental, gostaria eu de saber que relação orgânica existe (se existe) entre os agressores e o partido de que sou militante há quarenta anos. São militantes também eles? São meros simpatizantes? Se são apenas simpatizantes, o partido nada poderá contra eles, mas, se são militantes, sim, poderá. Por exemplo, expulsá-los. Que diz a esta ideia o secretário-geral? Serão provocadores alheios à política, desesperados por sofrerem esta crise e que pensam que o inimigo é o PS e o candidato independente às eleições europeias?»
Outros acham melhor considerar que Vital e o PS é que têm a culpa, por andarem por aí a usufruir da liberdade e a corresponder a convites que lhes são feitos.
[Vale a pena ler Vital sobre o "incidente". Para esclarecer alguns que andam empedernidamente a tentar confundir os perpetradores da violência com as suas vítimas.]