Cortar na despesa do Estado é virtuoso; aumentar os impostos (ir pelo lado da receita) é pecaminoso.
Muito bem.
Vejamos a história dos subsídios que foram cortados. Se não lhe pagarem o subsídio de férias, isso é, naquela classificação, virtuoso: cortaram na despesa. Se lhe pagarem o subsídio e depois lho forem buscar com uma taxa suplementar de imposto sobre o rendimento, é pecaminoso, porque aumentaram as receitas por via dos impostos.
A minha pergunta é: para si, que fica sem o subsídio de qualquer maneira, qual é a diferença? Nenhuma. A diferença está no discurso "económico", que se torna, assim, uma mera variante da conversa da treta. De uma certa maneira, a equação fica mais bonita. Para si, o resultado é o mesmo: depenado, ponto final.