28.6.11

volta, realidade, estás perdoada


A blogosfera política, um mundo mais pequeno do que parece (vou a uma dúzia de blogues e vejo comentadores de serviço que circulam lestos, alguns mesmo trocando de pseudónimo como quem troca de luvas), mas ainda assim muito divertido, anda um bocado à nora com esta transição de ciclo político. Eu, por mim, com a quantidade de trabalho que tenho em mãos, agradeço este entre-tempo. Vejo, contudo, que outros não querem deixar enferrujar as espadas, nem por nada. E, por isso, contam ministros e secretários de estado, aparentemente impressionados com a falta de palavra do Primeiro-Ministro, quando, acho eu, deveríamos todos ter percebido que, se o homem disse umas coisas sem sentido na campanha eleitoral, terá de as corrigir. Ainda bem que as corrige. E não se deve ignorar a possibilidade de que ele saiba corrigir muita coisa tão bem como resolveu o assunto Fernando Nobre.
Entretanto, o dia de ontem foi de manifesta humilhação pública para blogueiros contadores de secretários de estado: qualquer diatribe exibida num blogue terá parecido muitíssimo decente se comparada com o desempenho do Público, que mudou não sei quantas vezes a contagem das cabeças na edição on line durante a tarde de ontem. Percebe-se: mudar de ramo (ou de galho, se quiserem) é coisa que dá trabalho a qualquer empresa.