Fitch considera “incumprimento” o envolvimento voluntário de privados no novo resgate da Grécia.
O fenómeno dos "indignados" contém sinais contraditórios (espero um destes dias ter tempo e inspiração para escrever sobre isso). Sem rebuços, considero claramente detestável, em tais movimentos, o ataque às instituições representativas, como aconteceu na Catalunha com a ameaça de bloqueio ao parlamento. Sei bem, entretanto, que essas derivas não esgotam a "indignação", nem representam o movimento no seu conjunto.
De qualquer modo, espero que os que se escandalizam com o ataque dos indignados às instituições democráticas se escandalizem, pelo menos com a mesma força, pelo ataque das agências de rating às mesmas instituições democráticas. Defendo que devem ser sentados nos bancos dos réus (já não há réus, apenas arguidos, mas ainda lá têm o banco dos réus, certamente, porque um banco é sempre um banco) devem ser sentados nos bancos dos réus os que atacam os representantes do povo enquanto representantes do povo; defendo que devem ser sentados no banco dos réus os que, escorados em "instituições do mercado", atacam a organização democrática, dos países e das regiões, apenas com critérios de batalha. Financeira. Batalha financeira. Ou, mais precisamente: terrorismo. Terrorismo financeiro.