Cientistas descobrem planeta habitável a 20 anos-luz de distância.
A única coisa incómoda é que esse tal planeta esteja na Constelação da Libra. Podia estar no Euro, caramba...
«O tempo é um dispositivo que impede que tudo aconteça de uma vez.» (Bergson)
A demonização do funcionalismo público; a sujeição dos seus quadros superiores a um dever de lealdade pessoal aos governantes enquanto pessoas privadas em detrimento das pessoas públicas que eles também são - e em detrimento, sobretudo, da lealdade que devem à república; a proletarização e desautorização das classes profissionais; a obsessão com tudo o que seja objectivos quantificáveis e a destruição iresponsável e bárbara de tudo o que o não é; o proliferar de sistemas de avaliação estilo rococó que são, no dizer de Boaventura Sousa Santos, tão impecáveis no rigor formal quanto fraudulentos na substância; a falsa descentralização e as falsas autonomias que puxam para o centro todo o poder de decisão ao mesmo tempo que empurram para a periferia toda a responsabilidade pelas decisões tomadas; o anti-elitismo populista; o combate cego aos impostos, sobretudo aos progressivos, como se pagar impostos não fosse marca e condição da cidadania - tudo isto é descrito por Marquand , com abundantes exemplos, em referência à realidade britânica. Mas nenhum autarca português, nenhum médico, enfermeiro ou professor, nenhum advogado que não pertença aos grandes escritórios, nenhum académico, intelectual ou artista, nenhum cientista, nenhum jornalista, nenhum economista que não pertença ao reduzido grupo que trabalha para a banca e domina os media poderá ler Marquand sem encontrar acrescida confirmação na sua própria experiência profissional e pessoal.Integral aqui. A propósito de Decline of the Public, de David Marquand.
os mercados financeiros são eficientes...... então, temos de conversar.
os mercados financeiros são favoráveis ao crescimento económico...
os mercados são bons juízes da solvência dos Estados...
o aumento da dívida pública resulta de um excesso de despesa...
é preciso reduzir as despesas para reduzir a dívida pública...
a dívida pública atira o preço dos nossos excessos para os nossos netos...
devemos tranquilizar os mercados financeiros para poder financiar a dívida pública...
a União Europeia defende o modelo social europeu...
o euro é um escudo contra a crise...
a crise grega permitiu finalmente avançar para um governo económico europeu e para uma verdadeira solidariedade europeia...
«Lembro-me de, em tempos mais heróicos, imaginar um centauro a dirigir a economia, provocando com a sua parte equídea toda a irracionalidade que é patente aos olhos de toda a gente.»José Ames, no Persona
«Parece que estamos a ter dificuldade em perceber que acabou o velho consenso europeu entre PS e PSD. A deriva neoliberal passa hoje, em grande parte, pelas opções que se fazem nas instituições europeias - e isso só vai piorar com Durão Barroso na presidência da Comissão. É preciso que o projecto europeu do PS não se confunda com o projecto europeu do PSD. Até porque por aí passa também uma batalha essencial com outras formações que se sentam do lado esquerdo no Parlamento.»Trata-se de um excerto da intervenção no encerramento do debate das moções globais ao XIV Congresso Nacional do PS, em Guimarães. Da minha intervenção, como primeiro subscritor da moção "Uma Esquerda com Raízes e com Futuro". Antes deste governo, antes do governo anterior, naquele congresso em que JS chegou à liderança do PS.