27.2.09

um discurso proto-fascista


Ferreira Leite diz que ausência de Sócrates na Cimeira Europeia será “inaceitável e escandalosa”.

Santos Silva acusa a líder do PSD de ter concepção “empobrecida” da democracia.

Manuela Ferreira Leite fala do congresso do partido que tem actualmente responsabilidades governativas nacionais como de "uma festa" a que Sócrates quer ir em lugar de ir a uma cimeira informal da UE. Como todos os proto-fascistas, MFL não tem o mínimo respeito pela função dos partidos em democracia. Mostra assim, também, uma parte do seu erro de método: tratou com ligeireza as suas responsabilidades partidárias, tratou os "seus" congressos do PSD como arraiais, com o resultado que se vê e que o país paga. Se se informasse antes de falar, saberia que nenhum líder europeu despreza desse modo as suas responsabilidades partidárias. E, além disso, MFL concebe as estruturas de poder da UE como "rodas de amigos", onde os "chefes dos índios" são indispensáveis, talvez por serem os únicos com o poder ritual de fumar o cachimbo da paz.
Os fascismos, no passado, não surgiram do nada. Surgiram de "dirigentes" que alimentaram os instintos básicos necessários ao desenvolvimento do fenómeno. Mas a contabilista não sabe disso, não quer saber, tem raiva de quem sabe - e continua a promover uma nova e mais perigosa versão do discurso da tanga.