26.1.09

Freeport, confessionário do país


A propósito do caso Freeport, há um post com informação genérica de interesse para compreender alguns dos mecanismos em questão, no Trix-Nitrix.
Mas sublinho aqui um comentário final que aparece nesse post:
«E é triste ver Rui Gonçalves assumir toda a responsabilidade neste caso, quando eu vi, mas isto fica para outra altura, ser tratado por José Sócrates abaixo de cão, facto que era extensível a todos os seus subordinados que não considerava.»
Esta observação é muito curiosa. Vejamos.
Suponhamos que Rui Gonçalves foi tratado "abaixo de cão" pelo então ministro do ambiente (que é sabido ser, de facto, ou ter sido, de péssimo feitio em relações funcionais-pessoas). Devia, por isso, Rui Gonçalves deixar de dizer a verdade? Devia calar-se para se vingar? Devia deixar por dar os esclarecimentos, para assim ver recompensado o seu ego eventualmente ferido?
Se calhar isto explica tudo: há muita gente que se move principalmente por révanche. E que não olha a meios para compensar as suas frustações pessoais ou políticas. E que tem um sentido da honra próximo da nulidade.
Felizmente esses ainda não são os únicos espécimes à tona da água.

Freeport: Júlio Monteiro confirma reunião do filho com responsáveis do “outlet”.