Cândida Almeida: Sócrates não está a ser investigado mas consta no processo.
Só não ficou esclarecido quem não quis ouvir. Mesmo sem revelar o que em concreto está no processo, Cândida Almeida explicou bem a falta de fundamento da campanha em curso. E até declarou compreender a reacção de Sócrates ao sentir-se perseguido por "coincidência eleitorais" repetidas. Explicou que o nome de Sócrates é metido nisto, na célebre carta anónima, de forma um tanto atabalhoada, num parágrafo da carta que parece caído do céu aos trambolhões. E explicou o uso incorrecto que se tem andado a fazer da noção de "suspeito". E desmontou a "pista inglesa", como se lá estivesse a "garganta funda" a justificar este alarido todo agora. E explicou que não é por alguém dizer uma alarvidade que passou a haver um crime ao cimo da terra. E explicou que pode haver crimes, mas de que Sócrates seja a vítima e não o agente. E repetiu que não há nada que aponte para qualquer malfeitoria de Sócrates.
Mas claro, nenhum razão calará os esbirros. Na Idade Média, alguém acendia as fogueiras. Elas não se acendiam por si mesmas. Andam por aí os herdeiros dos que acendiam essas fogueiras. Não mudaram muito. Só que agora escrevem nos jornais. E na blogosfera.