Na exposição que Lisboa teve oportunidade de ver neste ano de 2008 sobre José Saramago, que apreciámos pelo seu conteúdo e por não ter ficado para depois do falecimento do senhor, havia um pormenor curioso. Um pormenor que mostra como algumas coisas que se tornaram tão difíceis, complicadas, complexas, rebuscadas, inalcançáveis, trabalhosas, impraticáveis, a rondar a impossibilidade lógica - já em tempos recuados foram simples e realizáveis.
Falamos do caderno onde o Sr. Vairinho, o mestre do agora Nobel português da Literatura, anotava dia a dia o desempenho do aluno que então dava pelo nome de José de Sousa. Contemplando diversas matérias. Com tão sofisticada tecnologia se fazia, nesse distante ano de 1933, avaliação contínua.
Coisa que agora alguns apontam como próprio das inúmeras cabeças de um monstro peludo.