Para decidirmos se gostamos ou não de revolucionários é preciso saber que não há só revolucionários de uma cor. Há revolucionários de esquerda, há revolucionários de direita. Até há revolucionários religiosos.
Acontece a algumas pessoas pensarem que gostam de revolucionários por só se darem conta da existência de uma cor de revolucionários. Por exemplo, há pessoas que admiram Che Guevara sabendo bem quem foi Che Guevara e o que fez. Mas também há pessoas que admiram Che Guevara porque sabem pouco de algumas coisas que ele fez. Na verdade, algumas pessoas, se pensassem que alguém lhes poderia fazer o que Che Guevara fez a algumas pessoas, deixariam logo de gostar de Che Guevara.
A maior parte das pessoas de esquerda que admiram os revolucionários de forma simples, desconhecem os perigos dos revolucionários de direita. Ou melhor, desconhecem que há radicais de direita que são tão revolucionários como os seus comparsas de esquerda. E vice-versa, para a direita.
Uma das coisas interessantes, por assim dizer, com aspas, no actual estado do país, é que temos um governo radical de um certo tipo de direita (que, tradicionalmente, seria abominado por certa outra direita, por exemplo, pela democracia cristã) e só agora é que algumas pessoas estão a descobrir que não há só radicais de esquerda - também há, afinal, radicais de direita! Radicais no pensamento e nos métodos. E, vejam lá, têm pouso e sede no governo.
Os revolucionários, ou radicais, têm sempre admiradores. Gente que é capaz de descrever o mais insensível dos "chefes" como uma cândida branca flor. Para conhecerem uma dessas afinidades electivas, leiam o texto que vos deixo em "link": Obrigatório ler.