Vi ontem à noite o debate entre Seguro e Assis, na qualidade de candidatos à responsabilidade de secretário-geral do PS. Acho que teve aspectos interessantes: revelou algumas diferenças entre os candidatos, projectou ideias relevantes acerca do caminho que os socialistas podem trilhar nos próximos tempos. Contudo, vi lá tiques que, para quem conhece os personagens há tantos anos, dão uma certa vontade de rir, pela previsibilidade. Não me parece que o conteúdo do debate tenha enfraquecido em nada o PS, até pelo contrário - e acho de mau gosto que apoiantes de um ou de outro tenham avançado, no rescaldo, para a tentativa de incriminar "o adversário" como responsável por afirmações prejudiciais ao partido. (Afinal, os congressos são abertos ao mundo e não se pode dizer tudo na televisão?) Não creio que o debate vá mudar o voto de muitos socialistas, pelo menos daqueles que já esperavam há muitos meses ou alguns anos pelo "seu" secretário-geral. A única nota amarga (para mim) é que fiquei a pensar, depois de desligado o aparelho (obviamente, não fiquei a ouvir comentadores que ouvem sempre aquilo que eu não ouço) que, se a memória não me falha, esta é a primeira corrida para secretário-geral do PS em que todos (ambos, neste caso) os candidatos foram dirigentes da JS e nunca tiveram uma ocupação profissional permanente fora da política.
Vi ontem à noite o debate entre Seguro e Assis, na qualidade de candidatos à responsabilidade de secretário-geral do PS. Acho que teve aspectos interessantes: revelou algumas diferenças entre os candidatos, projectou ideias relevantes acerca do caminho que os socialistas podem trilhar nos próximos tempos. Contudo, vi lá tiques que, para quem conhece os personagens há tantos anos, dão uma certa vontade de rir, pela previsibilidade. Não me parece que o conteúdo do debate tenha enfraquecido em nada o PS, até pelo contrário - e acho de mau gosto que apoiantes de um ou de outro tenham avançado, no rescaldo, para a tentativa de incriminar "o adversário" como responsável por afirmações prejudiciais ao partido. (Afinal, os congressos são abertos ao mundo e não se pode dizer tudo na televisão?) Não creio que o debate vá mudar o voto de muitos socialistas, pelo menos daqueles que já esperavam há muitos meses ou alguns anos pelo "seu" secretário-geral. A única nota amarga (para mim) é que fiquei a pensar, depois de desligado o aparelho (obviamente, não fiquei a ouvir comentadores que ouvem sempre aquilo que eu não ouço) que, se a memória não me falha, esta é a primeira corrida para secretário-geral do PS em que todos (ambos, neste caso) os candidatos foram dirigentes da JS e nunca tiveram uma ocupação profissional permanente fora da política.