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O discurso de Manuela Ferreira sobre a "independência económica de Portugal" fecha o círculo da coligação negativa: aproxima-se do discurso tradicional do PCP, e dos fantasmas do BE, sobre os malefícios da nossa pertença à União Europeia e da concomitante integração económica. (Isso não é significativamente alterado pelo facto de o próprio PCP já não morrer por esse drama.)
É isto coisa para temer realmente, significando uma mudança pensada do PSD face à Europa? Não acho. É apenas mais uma irresponsabilidade do vale-tudo. Um oportunismo político. Demagogia, como vem sendo costume daquele lado. Evoca, de qualquer modo, o ressuscitar de um traço profundo do imaginário salazarista: "orgulhosamente sós".
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Sócrates lembra Ferreira Leite que “estamos integrados na Europa”.