15.9.09

depois da asfixia democrática, o cerco?



Sociais-democratas querem furar “cerco” dos socialistas sobre TGV e mudar de agulha para “emergência social”.

MFL inventou o tema do TGV (e de outros grandes investimentos, que entretanto deixaram de ser tratados como polémicos) para inventar alguma demarcação com o governo, na falta de trabalho de casa para apresentar verdadeiras alternativas. Quer dizer: na falta de propostas concretas que dêem uma ideia de para que querem o governo. Nessa senda meteu-se pela ideia peregrina da falta de portuguesismo de Sócrates e do PS, embalada pelo anti-UE Pacheco Pereira. Parece que perceberam que isso era um disparate. E que mais vale discutir coisas sérias. Só posso aplaudir.
Não venham é, como de costume, fazer-se de vítimas. Quando eles é que se meteram de corpo inteiro nessa onda de disparate.

Mas, claro, se continuarem a dar ouvidos a Pacheco Pereira, que não consegue entender uma campanha eleitoral como algo mais elevado do que um combate de boxe, ou uma tourada - pelo menos quando ele está metido -, essa orientação para a seriedade será difícil. O homem acusa Sócrates de fazer apenas "propaganda pelo país". «“Estamos em crise, numa crise profunda (…) podia-se prever que no meio dessa crise o governo se dedicasse a governar. Há quantos meses não temos governo ?». Quereria, certamente, que o líder do PS não fizesse campanha... Onde chega a vontade de mostrar serviço aos companheiros... sem qualquer noção do respeito pelos mecanismos próprios da democracia. Eleições, campanhas, essas coisas...