Um aspecto curioso que ressalta de uma leitura global do programa eleitoral do PSD é a sua falta de memória. Em dois sentidos. Primeiro, não parece ciente das responsabilidades passadas de quem o propõe. (Em particular, faz de conta que MFL nunca foi ministra das finanças e da educação neste país.) Segundo, não tem a noção da continuidade governativa. Nenhum governo razoável começa tudo de novo: apoia e continua parte do legado, modifica algumas (ou muitas) coisas, introduz novidades. Parte importante da credibilidade de um "partido de governo" deve residir em não falar como se cada nova legislatura fosse uma nova revolução. O PSD, neste programa, comete o erro de fundo de fugir a distinguir onde "rasga" e onde "não rasga". Esse, aliás, não é um problema novo para este PSD.
Um aspecto curioso que ressalta de uma leitura global do programa eleitoral do PSD é a sua falta de memória. Em dois sentidos. Primeiro, não parece ciente das responsabilidades passadas de quem o propõe. (Em particular, faz de conta que MFL nunca foi ministra das finanças e da educação neste país.) Segundo, não tem a noção da continuidade governativa. Nenhum governo razoável começa tudo de novo: apoia e continua parte do legado, modifica algumas (ou muitas) coisas, introduz novidades. Parte importante da credibilidade de um "partido de governo" deve residir em não falar como se cada nova legislatura fosse uma nova revolução. O PSD, neste programa, comete o erro de fundo de fugir a distinguir onde "rasga" e onde "não rasga". Esse, aliás, não é um problema novo para este PSD.