15.12.13

Será que o Parlamento Europeu foi manipulado? Ainda o Relatório Estrela.


Aqui há dias referi aqui o "Relatório Estrela", ou seja, o “Relatório sobre saúde e direitos sexuais e reprodutivos” produzido no Parlamento Europeu sob o impulso de Edite Estrela.

Depois informei, mais brevemente, sobre a derrota à tangente dessa iniciativa no plenário do Parlamento Europeu.

Deste então, várias notícias deram conta de um certo número de deputados que se queixam de que o sistema de voto electrónico alterou o sentido do seu voto: votaram de modo favorável ao Relatório Estrela e o seu voto foi contabilizado em sentido inverso.

A questão é que todas as direitas, incluindo as extremas, apresentaram uma moção alternativa para impedir a votação do Relatório Estrela. Foi nessa manobra que o relatório foi travado. Já tinha começado a cheirar a esturro quando se percebeu que o sistema de voto electrónico "tinha opinião própria" e levava votos da esquerda para a direita do hemiciclo de Estrasburgo. Agora, surge uma nova denúncia.

Segundo a realizadora de documentários engajados Myriam Tonelotto, a tradução simultânea do Parlamento Europeu, pelo menos em algumas línguas, aldrabou a mensagem de Edite Estrela. Enquanto esta, numa mensagem imediatamente antes da votação, pedia EM PORTUGUÊs que votassem CONTRA as moções que impediam a votação do seu relatório, alguns grupos linguísticos recebiam em tradução o apelo contrário, como se Edite Estrela pedisse que eles votassem A FAVOR, baralhando assim, possivelmente, alguns parlamentares.

Deixo o vídeo que expõe esta tese - e pergunto: será que o Parlamento Europeu foi manipulado?