Resumo:
Estávamos habituados a que as máquinas saíam feitas das mãos dos humanos. Entretanto, certas experiências em Nova Robótica terão talvez a potencialidade de nos surpreender neste ponto, espoletando processos que resultem em robôs que os seus criadores não conhecem tão intimamente como se espera que o engenheiro conheça o controlo das suas máquinas. Referimo-nos aos robôs que resultam de processos de evolução artificial ou de desenvolvimento “pós-natal” artificial. Daremos, como exemplo, o robô iCub, desenvolvido por uma equipa internacional de que o ISR/IST é um dos parceiros. Se pode vir daí grande novidade, teremos de contar com os que temem – ou anseiam – o momento em que os robôs possam ser agentes entre humanos ao mesmo título que os humanos. A esses diremos que, para esses robôs serem tal, terão de ser capazes de instituição – de viver em ambientes institucionais com humanos. Seguimos John Searle para dizer o que é “instituição” e acompanhamo-lo na ideia de que só há instituições, na forma em que as caracteriza, nas sociedades humanas. Exploramos essa possível divergência com estudiosos de sociedades de outros primatas com a ajuda de um episódio notável do século XX português, o “caso Alves dos Reis”, cujo nome empregamos num “teste de inteligência” muito diferente do teste de Turing.
(clicar acima para ir a MILPLANALTOS)