A quarta conferência do Ciclo "Das Sociedades Humanas às Sociedades Artificiais" terá lugar nesta quarta-feira, 28 de Maio, pelas 17:30. Intitulada "Como as células constroem um corpo sem terem um plano", será proferida pelo Professor Jorge Carneiro, do Instituto Gulbenkian de Ciência / Laboratório Associado de Oeiras.
A conferência terá lugar no Anfiteatro do Complexo Interdisciplinar, Instituto Superior Técnico (campus da Alameda). Mais informação sobre localização aqui.
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Enquadramento desta conferência na temática do Ciclo
O ciclo de conferências “Das Sociedades Humanas às Sociedades Artificiais” foi concebido como iniciativa de apoio aos projectos de Robótica Colectiva em desenvolvimento no Instituto de Sistemas e Robótica (pólo do Instituto Superior Técnico). A robótica colectiva investiga as formas de estruturar múltiplos robots num mesmo cenário e de os controlar em vista à concretização de uma dada tarefa. Desse modo, além de participar num tipo de investigação que aceita o lugar do corpo na inteligência, contribui para ultrapassar o paradigma da inteligência como fenómeno puramente individual e para começar a pensar a inteligência como inteligência da relação em colectivos de alguma complexidade.
Dois tipos de inspiração têm concorrido para iluminar os modelos de fenómenos colectivos empregues pela robótica: a inspiração biológica e a inspiração nas ciências da sociedade. Contributos anteriores neste Ciclo de Conferências ajudaram a colocar em perspectiva certas transferências conceptuais que vão das ciências da sociedade dos humanos para a investigação com “sociedades artificiais”. A presente conferência ilustrará uma das linhas de inspiração que mais força têm tido na robótica colectiva: como é que fenómenos biológicos podem ser encarados como exemplos bem sucedidos de um grande número de entidades cuja acção coordenada resulta na consecução de alguma tarefa complexa que não estaria ao alcance dessas mesmas entidades se elas agissem isoladamente ou de forma não conjugada. Para aí aponta o título da quarta conferência do Ciclo: “como as células constroem um corpo sem terem um plano”. Este ponto de vista, pela sua riqueza, abre para várias outras linhas de interrogação, nomeadamente: até que ponto serão os “colectivos biológicos” comparáveis a sociedades de indivíduos “sofisticados” como os humanos? O que os torna comparáveis e o que os torna distinguíveis quando se trata de os explicar ou quando de trata de os considerar como modelos para colectivos artificiais?
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