18.2.08

pior que a santidade fingida...

... só a caridade fingida.
Sempre apreciei o regresso de Paulo Portas à liderança do CDS/PP. Por achar que talvez isso permitisse trazer ao de cima o que ele realmente significava como político - tudo o que ele antes conseguira disfarçar. E isso seria importante porque, enquanto Santana Lopes foi apenas um desvio triste na história de um partido importante (embora esse desvio insista em singrar), Portas representa a transformação de um partido democrata-cristão num tanque de sanguessugas que se alimentam de poder. Com a agravante de escolhar umas pitadas de santidade carunchosa para se tapar. Ora, aquele efeito desejável do regresso de Portas, o efeito de destapar, começa a acontecer. E isso é bom para a política portuguesa.
Os últimos acontecimentos justificam esta sensação. Reconfortante, porque a santidade fingida só perde no meu ranking da repugnância para a caridade fingida.