Estado usa "golden-share" e veta proposta da Telefónica para comprar a Vivo.
Os espanhóis são muito mais proteccionistas do que nós. Mas parece que se organizam de maneira a não terem de recorrer escancaradamente a mecanismos em vias de esboroamento (como as "acções douradas" que brevemente deverão levar uma martelada da justiça europeia).
Entretanto, se o Estado acha que há "superiores interesses estratégicos" a defender, por que razão o Estado tem andado há tantos anos a desfazer-se dos meios que tinha para defender esses interesses?
É como a história das Parcerias Público-Privadas, que há uns anos eram vendidas no discurso ideológico dominante como o remédio para todas as malfeitorias do sector público - para depois se revelarem um saco cheio de fissuras (dificuldades de contratar de forma efectiva as obrigações supostas) pelas quais se escapa o dinheiro e o interesse público.
Andamos às voltas - mas parece que nunca mais chegamos a apanhar a cauda.