18.12.08

melhor que um partido oportunista, só um oportunista sem partido


Ontem, o deputado socialista Manuel Alegre voltou a defender a possibilidade de candidaturas independentes às eleições legislativas, considerando que a democracia sairia "enriquecida". Questionado se continua a defender a hipótese de independentes concorrerem às eleições legislativas, Manuel Alegre recordou que sempre concordou com essa ideia.


Agora percebi a trapalhada de Alegre acerca de criar ou não criar um novo partido. Foi candidato presidencial contra o candidato apoiado pelo seu partido porque as candidaturas presidenciais são independentes. E desde então comporta-se como se não tivesse nenhuma obrigação para com a sua agremiação política, por ter tido muitos votos na eleição presidencial. Os votos para presidente justificam que ele esteja dentro quando lhe interessa e fora quando lhe convém.
Viu agora como poderia continuar esse jogo sem nenhum risco nas legislativas: a haver candidatos independentes, ele e os seus poderiam continuar dentro e fora ao mesmo tempo. Podiam candidatar-se como independentes e depois fariam o que bem entendessem, invocando terem recolhido votos populares.
Afinal, os que mais criticam os ultraliberais em economia são capazes de ser como eles em política: o indivíduo acima de tudo, nada interessa a pertença a colectivos e o compromisso mútuo dos membros desses colectivos.