15.12.08

as noites brancas de Louçã

Louçã elogiou discurso de Manuel Alegre mas desvaloriza hipótese de um novo partido.

Alegre pede "coragem" à esquerda e quer ir a votos com as ideias que saíram do fórum.


Estou em condições de informar que Louçã passou a noite em claro a pensar como há-de desmobilizar Alegre de formar um novo partido.
É que Louçã sempre quis apenas que Alegre jogasse de novo o papel de tonto útil, para esboroar um pouco o PS e aumentar a penetrabilidade do Bloco - e está agora francamente assustado com a hipótese de Alegre querer tentar criar um instrumento de disputa da possibilidade de governar.
Até porque Louçã não quer nada que se pareça com governar: isso seria o seu fim. Ou pelo completo descrédito, tornando-se evidente a falta de aplicabilidade das suas propostas. Ou pela completa conversão: se, chegado lá, aceitasse deitar fora a retórica e tentar fazer qualquer coisa de útil.
Que o Bloco foge das responsabilidades de governar como o diabo foge da cruz, vê-se pela Câmara de Lisboa. Incompreensível, portanto, que Alegre queira fazer um partido para tentar a possibilidade de levar a esquerda da esquerda da esquerda ao governo: isso seria o fim da ilusão. E a morte do grande líder trotskista reconvertido.